O que é que vinho tem a ver com estilo pessoal?
Fiquei-me por um sumo de morango com hortelã e encontrei o outro néctar em duas crónicas da Fugas - “O elogio do vinho”, de Pedro Garcias e “O Gato das Botas” de Miguel Esteves Cardoso.
Rabisquei o jornal e desenhei corações perto das frases que me tocaram o cérebro. Tive uma espécie de embriaguez literária que resultou naquilo que agora lhe escrevo.
1 - Confessou saudades dos tempos em que “(…) Havia mais adegueiros do que enólogos e ainda não tinham nascido nem os assessores de comunicação, nem os blogguers de vinho, nem tão-pouco os enochatos.(…)”
2 - Desabafou: “Os excessos de hoje, com vinhos novos a surgirem todos os dias, são de mais para o meu ritmo biológico e para os meus desejos. O prazer da escassez é muito maior do que o prazer do excesso.”
3 - Aconselhou a experimentar: “(…) prove de tudo, para alargar os seus horizontes e perceber melhor o seu gosto. E, beba unicamente por prazer, nunca por exibição, até porque a única coisa que se bebe numa garrafa, é o vinho.”
4 - Advertiu: “(…) Não se deixe impressionar pelo fogo-de-artifício que se vive no mundo do vinho, pelas caixas de luxo a embrulhar vinhos como se fossem jóias (…) Não permita que façam de si um totó, um incauto fácil de enganar. Desconfie sempre das promoções, dos lançamentos exclusivos, dos vinhos postos a estagiar no fundo do mar ou em Marte e de outras fantasias similares.(…)”
1 - MEC conta-nos que os franceses colocam pedras de gelo no vinho quando está calor e vai directo ao tema: “(…) Os vinhos em si não interessam: o que interessa é a atitude. A atitude é procurar o prazer, onde quer que o prazer se encontre. (…)”
2 - Brinca com a postura de franceses, italianos, protestantes e claro, dos portugueses. Se franceses ou italianos bebem à sua maneira - “(…) Já em Portugal ainda existe muita deferência. Ainda se quer saber como fazem os entendidos para poder fazer o mesmo.(..)”
3 - Procedimentos à parte MEC esclarece que: “(…) O único objectivo de quem bebe vinho sem ser por razões profissionais é o prazer. O prazer é um verbo, como o beber e o comer. Tem presente o indicativo e tudo.(…)”
4 - Defende as suas ideias: “(…) É-se muito censurado por pôr gelo no vinho mas para quê pedir desculpa? É isso que querem os censuradores: que lhes peçamos desculpa. “Ó mestre controlador, sua alteza das convenções mesquinhas; perdoa-me este desvio!(…)”
5 - E é criativo: “(…) Eu gosto de fazer pedras de vinho - e não necessariamente do mesmo vinho em que depois cairão. É uma maneira de fazer misturas selvagens de vinhos. (…) Não, não é um crime beber vinho sem umas boas pedras de gelo. Mas é assim que falam os censuradores.”
Pegou-nos na mão e levou-nos por um caminho de liberdade e criatividade, crónica afora. Bravo!
Talvez esteja a perguntar-se porque é que partilhei tudo isto consigo?
Vou clarificar a minha perspectiva.
Ao cruzar as ideias principais destas crónicas deparei-me com 3 conceitos que aplico no meu trabalho e que orientam a minha visão sobre a consultoria de imagem.
Partilho-a nos cursos da Blossom e nos programas de imagem pessoal com clientes particulares.
Se sentir curiosidade em aprofundar todos estes temas, seja do ponto de vista pessoal ou profissional, partilho consigo as datas do próximo curso de Consultoria de Imagem da Blossom que começa no dia 25 de Setembro.
E se o seu interesse passa por saber mais sobre o seu próprio estilo e aprender a gerir a sua imagem com mais confiança, as propostas que tenho para si são estas.
Espero que estas reflexões lhe sejam úteis. Adoraria receber o seu feedback.
Até breve,
Dora