7 mitos sobre guarda-roupa cápsula

Olá!

Como está a ser o seu verão?

O meu tem sido entre Lisboa e a costa vicentina num misto de férias e trabalho. Encontro pontos estratégicos pelo caminho que me ajudam a manter a criatividade viva.

Aconteceu-me há uma semana, na Gulbenkian. Vi as três exposições temporárias. Recomendo a de arte contemporânea “Histórias de uma colecção”. Uma das obras expostas é uma pintura a óleo de 1963, de David Hockney. Chama-se Renaissance Head. É linda. 

Inspirou-me por parecer um desenho infantil que lembra retratos renascentistas. E também pelas cores. 

Ao vê-la, tive uma ideia.

Decidi que iria criar um guarda-roupa cápsula a partir do quadro. Essa foi a primeira motivação. Existe outra.

Antes de apresentar-lhe o resultado final, deixo-lhe o segundo motivo que me trouxe até si esta semana.

No universo da moda, há modas. O capsule wardrobe ou guarda-roupa cápsula tem sido uma delas. O conceito anda por aí há muitos anos e não é mais do que:

  • Um grupo de peças de roupa e acessórios que podem ser coordenados entre si.

Podia desenvolver esta frase, mas não vou fazê-lo de propósito. Sendo curta, dá-nos algo precioso. Consegue adivinhar o que é? 

A resposta é amplitude e liberdade.

Nos cursos da Blossom proponho o desenvolvimento de guarda-roupas cápsula como exercício de EDIÇÃO + COORDENAÇÃO.

Apercebo-me da quantidade de ideias pré-feitas sobre o tema. Vamos chamar-lhes mitos?

Deixo-lhe uma lista de 7 mitos que ouço com frequência.

“Um guarda-roupa cápsula…

  1. tem uma estética minimalista e intemporal

  2. deve ter poucas cores

  3. baseia-se numa relação de X peças VS acessórios

  4. faz-se a partir de uma triagem global ao guarda-roupa, reduzindo-o a 20 ou 30 peças

  5. não é para mim

  6. tem um estilo que não tem nada a ver com o meu

  7. é uma coisa muito aborrecida

Moda e redes sociais incutem estas coisas que acabam por ser difundidas com total ausência de espírito crítico. 

São absorvidas como verdades. Felizmente, uma cápsula é aquilo que cada pessoa quiser.

Vou contar-lhe a história de um processo de consultoria de imagem pessoal que reforça esta visão. A Raquel passou a pandemia em teletrabalho com dois filhos muito pequenos. 

O seu guarda-roupa reduzia-se a 2 pares de calças de ganga de maternidade, 4 ou 5 partes de cima, 3 sobretudos, meia dúzia de sapatos (verão e inverno incluídos) e pouco mais.

Tinha uma visão muito clara daquilo que pretendia atingir e conhecia bem o seu gosto. 

O desafio era criar um guarda-roupa que

  • tivesse poucas peças 

  • permitisse continuar a amamentar 

  • não precisasse de ser passado a ferro

  • trouxesse a sensação de poder, credibilidade, feminilidade e modernidade 

  • funcionasse em viagens pela Europa decorrentes das exigências profissionais

  • fosse versátil para ser usado em teletrabalho ou conferências como oradora, tempo em família e momentos a dois

Juntas, chegámos a bom porto. Muito bom, para ser sincera e pouco modesta.

Conto-lhe esta história para exemplificar que qualquer cápsula pode e deve ser feita de forma ULTRA personalizada. Cada guarda-roupa pode ter diversas cápsulas e sub-cápsulas.

Existem técnicas de coordenação que criam harmonia. São estudadas por várias disciplinas e aplicadas nas áreas que trabalham o que é visual. 

Falo sobre elas nos cursos de consultoria da Blossom.

Foi com base em algumas delas que decidi dar corpo à minha inspiração.

Vamos passar aos looks?

Depois da sondagem que lancei no Instagram ficou definido que iria criar:

  • Conjuntos de verão para trabalho 

  • Dresscode informal 

  • Para senhora

Escolhi as 9 peças e os acessórios que partilhei acima. Respeitando o ponto de partida, o que se seguiu foi imaginação e intuição. 

Como os looks não se destinam a ninguém em particular, pensei: “Vou criar algo usável, com um toque arty e trendy.”

As cores trazem informalidade, assim como o tipo de acessórios e a forma como se conjugam entre si. Pode identificar-se ou não. Não nos conhecemos e seria impossível criar algo que agradasse a todos os leitores. Se adoraria ter algo semelhante feito com o seu guarda-roupa, sugiro-lhe os programas da Blossom.

Partilhei as marcas usadas no Instagram.

Espero que estes coordenados possam servir-lhe de inspiração e adoraria receber o seu feedback.

Até breve,

Dora

Dora Dias

Fundei a Blossom Image Consulting em 2009, uma das pioneiras na área da consultoria de imagem em Portugal.

Além de ser consultora de imagem para clientes particulares e corporativos, formo profissionais nesta área através de cursos da Blossom que têm diferentes níveis de especialização e uma abordagem multidisciplinar.

A MINHA VISÃO

Defendo que ajudar os outros na descoberta e afirmação do seu estilo pessoal é um processo que deve contemplar uma multiplicidade de abordagens, excluindo rótulos, regras e teorias pré-definidas. Por acreditar que “cada pessoa é um mundo*”, procuro compreender incessantemente a relação dos clientes com a sua imagem e as várias camadas que compõem o universo estético individual.

Partilhar a experiência profissional dos últimos 20 é um dos meus grandes prazeres e continuo a acreditar que o mundo é um lugar fascinante quando criamos harmonia à nossa volta e nos interessamos genuinamente uns pelos outros.

https://www.blossom.pt
Anterior
Anterior

Somos mais sedutores vestidos ou despidos?

Próximo
Próximo

O que é que vinho tem a ver com estilo pessoal?