A camisa branca não é obrigatória.
“Uma camisa branca é uma peça obrigatória em qualquer guarda-roupa.” Será?
Eu diria que não.
Nunca consegui concordar com a visão de que um guarda-roupa deve ter peças pré definidas.
Peças de corte simples podem ser interessantes pelas possibilidades que dão. Ajudam a criar uma estrutura no guarda-roupa. Daí a serem as mesmas para todos é que não faz grande sentido.
Acredito e partilho esta visão nos cursos da Blossom: é fundamental personalizar o conceito de “peça-chave”. Cada pessoa terá as suas, alinhadas com o seu gosto, estilo de vida, local onde mora, desejo de comunicação e papéis sociais que representa.
E dir-me-ão “Ok, Dora, nem toda a gente gosta de camisas mas uns sapatos pretos elegantes, uns jeans, uma camisola de gola alta, um trench-coat são essenciais!” A minha resposta é a mesma.
E se o cliente não tiver nenhuma situação na vida que os justifique ou melhor ainda, não gostar de preto, de jeans, de gabardines e a gola alta lhe trouxer uma sensação de falta de ar porque até mora num país tropical?
É importante questionar estes micro dogmas e ter um espírito crítico.
Uma camisa branca pode significar elegância e transmitir adequação, além de ser fácil de coordenar. E se os desejos de comunicação e necessidades do cliente passarem por outro tipo de mensagem?
As pessoas são únicas. As suas particularidades têm de ser trabalhadas individualmente.
O interessante da consultoria é poder explorar as diferenças e ajudar o cliente a encontrar boas possibilidades de acordo com o que pretende em determinada fase na vida. Para alguns, a velha lista de peças-chave poderá fazer todo o sentido. Para outros, nenhum.